Realidade aumentada, realidade virtual, avatares e muitas outras tecnologias devem movimentar R$ 3 trilhões até 2025

Nos últimos tempos, a palavra Metaverso saiu dos games, dos filmes e da literatura especializada para ganhar notoriedade também na indústria. Desde que Mark Zuckerberg, um dos fundadores do Facebook, apresentou o conceito de Meta Platforms — o antigo Facebook — em outubro de 2021, muitas inovações já implantadas vieram à tona e o Metaverso industrial começou a impactar todas as empresas.

A revolução proposta pelo Metaverso não se resume a serviços on-line. De acordo com Zuckerberg, “o Metaverso é a possibilidade de fazer quase tudo o que se possa imaginar: reunir-se com amigos e família, aprender, trabalhar, brincar, fazer compras, criar, além de ter experiências completamente novas, que não se encaixam na forma como pensamos sobre computadores e telefones até hoje”.

Pensando na indústria, o Metaverso é um ambiente virtual em 3D que simula o mundo real, acessado por meio de aparelhos de tecnologia acessível como os celulares, por exemplo, ou alguns ainda não tão populares como óculos VR. Dentro dessa possibilidade de criação infinita em ambiente digital, são os avatares que farão a interação entre usuários e máquinas, de forma muito similar ao filme “Matrix”, de 1999.

De onde vem a ideia de Metaverso?

O escritor Neal Stephenson cunhou o termo pela primeira vez em 1992 em seu romance de ficção científica “Nevasca” (Snow Crash). De lá para cá, tornou-se tema de inúmeras discussões acadêmicas, filosóficas, técnicas e até base para a criação de teorias de conspiração.

Agora mais conhecido, com os caminhos abertos pela tecnologia, o futuro bate à porta como presente. É um mundo da realidade aumentada (AR) e da realidade virtual (VR), em uma tendência que traz para a indústria novos softwares, equipamentos, máquinas e ferramentas capazes de levar qualquer tecnologia de ponta até o público em geral, incluindo todos os setores e colaboradores de uma empresa.

A popularização do termo vem ao encontro do avanço das pesquisas e tecnologias, que permitem que tudo aquilo que parecia distante há algumas décadas vire realidade e faça parte do cotidiano. É um mercado com projeção de bilhões de dólares em receita para os próximos anos e envolve profundas mudanças.

Imagine que empresas poderão simular lojas, fábricas, ambientes de negócios e de entretenimento. Algumas largaram na frente demonstrando como o Metaverso funciona na prática. Foi o caso da Epic Games, com seu jogo Fortnite, que promoveu recentemente um evento com shows dentro do próprio jogo. Empresas como Nike, Lojas Renner, Stella Artois e Banco Itaú também estão preparando e aprimorando as suas formas de ingressar no Metaverso e apresentar as possibilidades aos seus clientes.

Novas experiências, novos serviços, novos produtos para ambientes simulados requerem uma indústria preparada e um setor empresarial imerso nessa nova realidade.

Metaverso na linha de produção

Você pode até não ter percebido, mas a indústria já está imersa no Metaverso quando utiliza ambientes, equipamentos, máquinas e avatares tridimensionais virtualmente desenvolvidos em seus processos de produção.

Na indústria pesada, por exemplo, o desenvolvimento do ambiente de trabalho virtual acontece graças à realidade aumentada, uma das características básicas do Metaverso. É ele quem facilita o acompanhamento detalhado dos dados fornecidos e apresenta uma visualização digital de todas as etapas da linha de produção.

Em termos amplos, o Metaverso é uma forma de criar versões do mundo real dentro do mundo virtual por meio de dispositivos de simulação.  O Metaverso industrial é, portanto, o conjunto de opções que se formam em torno da utilização da realidade virtual, otimizando recursos e esforços empregados, seja para prever comportamentos e traçar estratégias, seja para testar produtos, entre outras possibilidades que surgem, conforme a área de atuação da empresa.

No caso das fábricas, tecnologias como os gêmeos digitais ajudam a exemplificar que o Metaverso é a realidade.

Meta-fábrica e gêmeos digitais

A base do Metaverso são os gêmeos digitais, que são a representação da simulação de algo físico no ambiente virtual. São modelos digitais tridimensionais e idênticos a equipamentos, produtos ou peças físicas — uma espécie de cópia virtual de um objeto do mundo real replicado para um modelo de computador.

Há simulação da cadeia de produção, do desempenho de um setor, de um plano logístico, entre muitas outras possibilidades que permitem análises minuciosas e projeções de situações antes que elas aconteçam. Imagine um setor responsável pela prevenção de erros e pelos testes de produtos com essa possibilidade? Pois os gêmeos digitais trazem essa vantagem, já utilizada por diversos setores industriais, promovendo proatividade e aperfeiçoamento constante.

Impactos do Metaverso na indústria

As empresas sabem que a realidade mista impacta o mundo industrial e que o Metaverso representa economia de recursos e de tempo para os negócios. Testes simplificados, simulados de muitas maneiras antes da fabricação do produto em si ou de um protótipo, trazem segurança e confiança para a linha de produção.

Outro valor que o Metaverso traz para a indústria são as fábricas virtuais. Terrenos virtuais estão à venda, com registro de propriedade, em ambiente digital, movimentando o mercado de criptomoedas, que tende a valorizar cada vez mais. O lucro projetado é da ordem de R$ 3 trilhões até 2025. Isso não só impacta o setor, mas toda a economia, demonstrando a importância do Metaverso.

Benefícios do Metaverso na indústria

O Metaverso industrial traz benefícios projetados para impactar de forma robusta todos os tipos de empresas. É uma era de grandes inovações e transformações. Vamos conhecer alguns já estabelecidos:

Geração de empregos

Novas profissões estão surgindo e novos postos de trabalho estão sendo criados para abarcar as necessidades criadas pelo Metaverso na indústria. São tempos de novas relações humanas, com especialidades diferenciadas, que requerem atualização e rotinas de trabalho mais dinâmicas e descentralizadas.

O mercado deve gerar milhões de empregos em cada setor industrial nos próximos anos por conta do impacto do Metaverso na indústria.

Prevenção

Prevenir problemas sempre foi o sonho de toda empresa. Ao ampliar os conhecimentos que a fábrica tem da sua própria estrutura, do que produz, identificando com antecedência problemas com assertividade, a prevenção se torna realidade incorporada ao cotidiano.

Graças ao gêmeo digital, os gestores podem resolver os gargalos da empresa, mesmo quando não estiverem no ambiente de trabalho, com flexibilidade e controle de gerenciamento, deixando mais tempo para o planejamento estratégico.

Aumento da eficiência

O Metaverso representa eficiência para as indústrias, graças à economia de tempo, vantagens competitivas e ambientes mais eficazes.

Importante lembrar que o Metaverso industrial vem acompanhado pelo 5G na indústria, que moderniza e agiliza a produção, permitindo a existência do próprio Metaverso em escala mundial.

A Nortel está por dentro de todo esse impacto causado pelo Metaverso e pronta para oferecer soluções ao seu negócio nessa nova realidade.

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