Estamos passando pela quarta revolução industrial. Em pouco mais de 200 anos, o mundo viu a produção em série começar com o advento das máquinas a vapor, depois, o controle da energia elétrica e a automação eletrônica. Agora, o chão de fábrica passa por mais uma mudança, dessa vez, impulsionada pelo uso de tecnologias digitais inteligentes e de alta performance.

Mas, afinal, o que muda no dia a dia das empresas? Criamos este conteúdo especial para mostrar o que há de tão inovador na Indústria 4.0 e como ela leva a automação do chão de fábrica para outro patamar. Confira!

As 5 principais vantagens da automação do chão de fábrica

A Indústria 4.0 não é um modelo fixo a ser seguido, mas é formada de uma ampla gama de tecnologias e métodos que contribuem para aumentar a performance e a eficiência dos processos produtivos. Isso traz consigo alguns impactos positivos que são, no final das contas, o principal motivo para que as empresas promovam essa transformação. Veja quais são os principais.

1. Aumento da produtividade

Com a automação do chão de fábrica, é possível produzir com mais quantidade e em maior velocidade. Como o próprio conceito sugere, o trabalho é feito de forma automática, sem a necessidade de intervenção humana constante para dar comandos ou instruções.

2. Qualidade

A diminuição da interferência humana reduz as chances de falha e garante um processo mais fluido. Consequentemente, a qualidade final dos produtos tende a ser maior — e isso representa um diferencial importante para quem almeja ser mais competitivo no mercado.

3. Redução de custos

Se a produtividade aumenta, é natural que os custos sejam menores. Afinal, o processo é realizado com mais velocidade e menos falhas, a tendência é que a produção seja mais Lean (enxuta).

Resumidamente, o conceito se refere a uma indústria capaz de produzir mais com menos matéria-prima, menos esforço, mais agilidade e redução de desperdício e retrabalho. Trata-se de uma otimização de alto nível para qualquer empresa. Somado a isso, o custo reduzido impacta o valor final dos produtos, dando ainda mais competitividade ao mercado.

4. Previsibilidade

A automação industrial dá aos gestores uma visão mais ampla e precisa do futuro próximo em cada etapa das linhas de produção — ou mesmo da cadeia de suprimentos como um todo. Fica mais fácil prever o tempo de fabricação de um lote, por exemplo, e isso permite que a empresa trabalhe em um ritmo mais adequado, preservando a integridade dos equipamentos.

5. Escalabilidade

Em tempos de transformação digital e Indústria 4.0, a automação promove a escalabilidade do chão de fábrica. Em outras palavras, a infraestrutura tecnológica ganha margem para ser aprimorada a cada dia.

Isso é possível graças às tecnologias da Indústria 4.0 que dialogam entre si, seja por meio da Internet das Coisas (IoT), seja por meio de sistemas como um ERP totalmente integrado aos outros softwares da empresa. Vejamos, então, como isso acontece.

Uma nova dinâmica no chão de fábrica

O grande diferencial da Indústria 4.0 é combinar uma série de soluções fabris com sistemas digitalizados. O resultado é o uso inteligente dos dados, algo que permite a automação de atividades de outro nível: as tomadas de decisão.

A Internet das Coisas exemplifica muito bem como isso acontece. Na prática, equipamentos de todos os tamanhos podem vir com essa tecnologia — desde um robô industrial até uma geladeira (smart fridge), ou mesmo um sensor IoT, que pode ser acoplado em uma máquina.

O que eles fazem? Basicamente, coletam dados e se comunicam por rede sem fio (wireless) com um software. É aí que está o grande pulo do gato: o software coleta uma infinidade de dados e armazena em Big Data para realizar análises complexas e gerar relatórios que ajudam o gestor na tomada de decisão.

Quer um exemplo? Imagine uma esteira com sensores IoT que mede temperatura, velocidade, vibração, umidade etc. O software cruza esses dados em tempo real e gera gráficos para a equipe de manutenção.

Se um comportamento anômalo for identificado — vibração acima do normal, por exemplo —, a plataforma dispara uma notificação e a equipe entra em cena para uma manutenção preventiva. A capacidade de prevenir problemas é levada a patamar muito superior.

A mesma lógica de automação de tomadas de decisão pode ser aplicada em diversos outros processos, e não só no chão de fábrica. O objetivo, de forma mais ampla, é permitir que o gestor controle as performances da produção e reaja conforme a necessidade, sempre com rapidez e precisão.

A automação como jornada para a Indústria 4.0

Quando pensamos nas oportunidades que esse tipo de tecnologia nos oferece, é fácil perceber que o modelo se adapta ao cenário específico de cada empresa. As possibilidades são incontáveis, bastando que cada organização identifique suas próprias demandas e tire proveito dessas ferramentas para elevar sua eficiência.

Contudo, essa busca pela Indústria 4.0 passa diretamente pela automação. Esse deve ser o primeiro passo de quem busca alcançar o modelo 4.0 de trabalho, seja na empresa como um todo, seja em um departamento específico, como a manutenção.

O ponto é que o uso inteligente da informação digitalizada depende, essencialmente, da capacidade de receber e enviar dados para as máquinas em tempo real e em grande quantidade — algo que seres humanos não são capazes de fazer por conta própria. A boa notícia é que a transformação digital na indústria está gerando tecnologias cada vez mais eficientes e fáceis de usar.

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Somado a isso, existem soluções acessíveis, que mesmo pequenos negócios já conseguem implementar. Basta observar o grande número de startups entrando no mercado com base em tecnologias na nuvem e equipamentos de produção personalizada, como as impressoras 3D.

A dica, então, é fazer uma análise do desempenho da sua empresa hoje, ou mesmo da área na qual você trabalha, e buscar tecnologias que ajudem a aumentar o nível de automação. Em pouco tempo, o chão de fábrica pode iniciar sua jornada rumo à Indústria 4.0. Os resultados, como você pôde ver aqui, são muito interessantes!

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