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  • 26 de julho de 2022

7 dicas para escolher o melhor calçado de segurança

Na hora de optar por esse item, que faz parte do universo de Equipamentos de Proteção Individual, há pontos de atenção cruciais. Fique por dentro do que considerar para a melhor escolha.

A escolha dos melhores calçados de segurança é um elemento fundamental nas políticas de segurança do trabalho. Eles estão entre os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) mais utilizados no mundo. Junto com o capacete e as luvas de proteção, garantem a proteção do trabalhador durante a execução das atividades profissionais, atuando, de forma específica, na parte do corpo humano que mais sofre no dia a dia: os pés.

E olhe que falamos da base de sustentação do corpo inteiro. Portanto, além de conforto, os calçados precisam oferecer proteção contra riscos ocupacionais que possam causar acidentes, principalmente em ambientes com pisos irregulares, escorregadios ou com chance de queda de objetos pesados ou cortantes.

O uso dos calçados de segurança é tão importante que existe uma série de padrões e normativas que regulam a sua fabricação, comercialização, uso e manutenção no mundo inteiro.

Por isso, veja 7 fatores que você precisa levar em consideração na hora de escolher o melhor calçado de segurança, seja para uso próprio, ou para disponibilizar aos colaboradores!

 

1. Identifique os riscos da atividade e do ambiente de trabalho

A primeira coisa a se fazer é mapear os perigos existentes no ambiente de trabalho. Os calçados de segurança são, inclusive, classificados para obedecer a conformidade com as características de diferentes ocupações, já que as ameaças oferecidas aos trabalhadores variam conforme tais especificidades.

A Norma Regulamentadora 9 (NR 9), do Ministério do Trabalho e Previdência, tem nesse um dos assuntos de base. Nela, os riscos laborais são divididos em dois tipos: ambientais (riscos físicos, químicos e biológicos) e ocupacionais (riscos ergonômicos e mecânicos). É a partir dessa classificação que os calçados de segurança são qualificados e desenhados, protegendo contra queda de objetos, umidade, agentes térmicos, elétricos, abrasivos, escoriantes, cortantes e perfurantes, além dos respingos de produtos químicos em geral.

 

2. Verifique o Certificado de Aprovação (CA)

O Certificado de Aprovação (CA) é o documento que deve acompanhar os EPIs, sejam eles fabricados ou não no Brasil. Essa obrigatoriedade é determinada pela Norma Regulamentadora 6 (NR 6), também do Ministério.

O CA é a indicação de que o Equipamento de Proteção Individual foi fabricado de acordo com as normas de segurança vigentes. Ele informa a descrição completa do EPI e, também, enumera, com exatidão, os tipos de risco contra os quais seu uso é adequado. Nenhum EPI pode ser comercializado sem esse documento.

A responsabilidade pela expedição é do Ministério do Trabalho e Previdência – órgão nacional competente em matérias de segurança e saúde – que só o concede depois que o equipamento é analisado e testado por laboratórios autorizados. Além disso, o CA exige renovação periódica, para que a qualidade dos equipamentos certificados se mantenha na garantia.

Trata-se, portanto, de um importante atestado, que oferece a segurança, qualidade, funcionalidade e resistência necessária e esperada pelo usuário.

 

3. Observe as validades do CA e do melhor calçado de segurança

Entender a diferença da validade do Certificado de Aprovação (CA) e do produto propriamente dito também é importante na hora de escolher o melhor calçado de segurança. Isso porque ambos os prazos podem ser diferentes e são importantes para garantir que a proteção desejada tenha efeito.

Além das informações básicas sobre o produto, o CA também informa o usuário sobre a validade do certificado. Ou seja: o produto só pode ser comercializado até a data-limite impressa no documento, que é o prazo que os laboratórios autorizados garantem a proteção oferecida pelo EPI. Há, também, o entendimento de que produtos adquiridos para uso até a data do vencimento do certificado (CA) podem continuar em uso até o limite da sua vida útil ou data de validade.

Sempre que um CA entra em processo de vencimento, quando o fabricante do equipamento precisa providenciar a renovação do CA para mantê-lo no mercado – apesar de não haver um prazo fixo —, o ideal é que o fabricante se antecipe, para que o CA não vença antes da renovação, ou seja, esta pode ser iniciada até 90 dias antes do vencimento, por exemplo.

Na prática, isso significa que a validade do CA deve estar em conformidade no momento da compra, uma vez que isso ampara empregadores e trabalhadores quanto à validade dos laudos e testes do produto.

Já a validade do calçado propriamente dito, é o prazo máximo estipulado para o seu uso após a fabricação. No entanto, isso pode variar, em qualquer circunstância, pois a inspeção visual do equipamento é fundamental para que se evite qualquer risco, uma vez que se trata de um equipamento de proteção contra acidentes.

Assim como acontece com qualquer outro tipo de produto, os EPIs também têm uma validade que indica a sua vida útil, tendo que ser descartados depois desse período.

 

4. Escolha o material do cabedal adequado

Cabedal é o nome dado ao lado superior de um calçado de segurança, responsável por oferecer proteção para a parte de cima do pé. Essa parte tem a função de proteger contra riscos que envolvem quedas de objetos, perfurações, cortes e umidade, por exemplo.

No momento da compra, é fundamental observar o material utilizado para confecção dessa parte do calçado e se ele é o mais adequado para a atividade profissional em questão. Há diferentes tipos no mercado: couro, raspa, vaqueta, nylon, borracha, tecido, polipropileno, microfibra, poliuretano, ou outros materiais sintéticos.

O cabedal de couro, conhecido por ser muito resistente e durável, é um dos mais populares e costuma ser usado na maioria dos ambientes laborais.

Alguns fabricantes de calçados têm modelos com o cabedal de couro hidrofugado — um processo de impermeabilização do couro —, tornando-o um pouco mais resistente a ambientes úmidos, mesmo que não sejam totalmente impermeáveis, sobretudo quando existe grandes volumes de líquidos.

Hoje, já utilizado em grande escala para fabricação de calçados de segurança, esse tipo de material tem inúmeras vantagens técnicas e de conforto, como:

  • São mais resistente a umidade e tem boa capacidade impermeável.
  • São mais resistentes a produtos químicos e a abrasão.
  • Tem maior uniformidade e conforto, além do apelo totalmente ecológico.

No entanto, o calçado fabricado nesse tipo de material também possui desvantagens como:

  • Ainda é um pouco mais caro que o couro tradicional.
  • Não resiste a respingos de solda.

Se o ambiente que o trabalhador estiver exposto tiver grandes volumes de produtos líquidos, chuvas torrenciais ou necessidade de mergulhar os pés na água, por exemplo, recomenda-se os calçados fabricados em PVC, mais apropriados para esse tipo de ambiente.

 

5. Defina o tipo de solado

O solado é outra parte muito importante de um calçado de segurança. Além de proteger contra riscos, ele também é responsável por proporcionar estabilidade e segurar o peso do corpo durante a execução das atividades profissionais. Precisa, portanto, oferecer conforto, reduzir o impacto e proteger de escorregões, cortes e perfurações.

Assim como o cabedal, há solados de diferentes materiais no mercado, como, por exemplo, o PVC – que é impermeável e previne acidentes envolvendo objetos cortantes, perfurantes, químicos e líquidos -, o poliuretano – que tem usos bastante parecidos – e o nitrílico – que resguarda o trabalhador na manipulação dos líquidos inflamáveis e é ideal para atividades realizadas em ambientes com exposição a temperaturas extremas e materiais inflamáveis.

 

6. Identifique a biqueira ideal

Além do cabedal e do solado, é fundamental o cuidado com a biqueira. Falamos da parte do calçado de segurança que protege os dedos do pé contra esmagamentos, cortes, perfurações e chutes. Trata-se, novamente, da criteriosa observação do ambiente de trabalho onde o equipamento será utilizado, para a melhor escolha.

Os modelos mais adequados são confeccionados em aço, composite ou PVC. Os dois primeiros precisam seguir os requisitos determinados pela NBR ISO 20345. A diferença entre eles está nos detalhes. Enquanto o aço costuma ser mais pesado, o composite é ideal para atividades que envolvam eletricidade, já que esse material não conduz energia.

A biqueira em PVC é indicada para atividades de baixo risco, como a execução de serviços gerais. Esse modelo precisa seguir as normas da NBR ISO 20347.

Para melhorar o aspecto visual dos calçados de segurança, a maioria dos fabricantes adotam a biqueira termoplástica como padrão para os calçados considerados sem bico.

 

7. Escolha o visual que mais agrada e o tamanho correto

Por fim, vamos falar de outros dois elementos importantes: design e tamanho. Hoje em dia, não é mais preciso renunciar à estética, já que há muitos modelos diferentes no mercado, aliando proteção, conforto e modernidade, para agradar todos os gostos.

O tamanho, claro, também é uma questão importante, pois o calçado precisa estar bem ajustado ao pé para não causar desconforto ou outros problemas.

É importante levar em consideração todos esses detalhes na hora de escolher o melhor calçado de segurança. É imprescindível considerar que falamos sobre garantir a proteção necessária durante a execução das atividades, ou no desempenho ideal dos colaboradores.

Todos os aspectos mencionados aqui são extremamente importantes, mas o principal deles é o conforto. Imagine usar um calçado, durante toda a jornada de trabalho, que aperte, crie calos, machucando seus pés?

Por isso, recomendamos que sempre prove o seu calçado, faça teste e procure escolher aquilo que mais se adeque às suas necessidades.

O e-shop da Nortel oferece uma ampla diversidade em modelos e materiais. Conheça todas as opções que temos a oferecer! Você certamente vai encontrar a opção que precisa, garantindo total conforto e proteção.

 

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