Projetos elétricos residenciais são indispensáveis em reformas ou construções de ambientes domésticos, pois mostram as localizações dos pontos de iluminação, das tomadas e muito mais. Essa definição da distribuição das cargas elétricas é essencial para o funcionamento dos aparelhos conectados à rede de energia e dos pontos de luz.
Os dimensionamentos são feitos de acordo com as cargas reais, facilitam as manutenções e alterações do sistema de iluminação, garantem a conformidade com as legislações vigentes e evitam gastos mais elevados.
Neste post, vamos explicar o que constitui um projeto elétrico residencial e destacar a quais normas esse documento deve obedecer para evitar transtornos futuros. Continue a leitura e conheça cada um desses elementos!
Projeto elétrico residencial é um planejamento registrado em uma documentação que contém um conjunto de cálculos. Suas representações gráficas demonstram detalhadamente todos os pontos de energia que deverão ser instalados pelo eletricista nos ambientes. Nos casos de imóveis com mais de um andar, eles devem possuir ainda os desenhos da prumada elétrica que permite a interpretação e entendimento mais claro das interligações entre os andares e setores do edifício.
A seguir, veja detalhes que fazem parte desse importante documento.
Os órgãos regulamentadores consideram os projetos elétricos residenciais como de baixa potência. Dessa forma, o seu conjunto de cálculos pode ser feito por diversos profissionais, como arquitetos, engenheiros civis, engenheiros eletricistas e técnicos em eletrotécnica. Eles devem ser cadastrados e estar em dia com o respectivo órgão de classe para fazerem registro da obra.
O projeto elétrico precisa ser elaborado de modo a tornar as instalações domésticas seguras para os moradores e possibilitar a sua compreensão para a realização de expansões ou alterações em virtude de reformas. Por esse motivo, ele contém uma representação gráfica detalhada dos cômodos e do sistema elétrico de uma construção.
Esse esquema usa várias simbologias específicas da área para representar o sistema de iluminação. Ele permite quantificar e dimensionar toda a instalação elétrica, determinar onde estão localizados todos os pontos de luz e tomada, a divisão dos circuitos, o trajeto dos conduítes etc. Sendo assim, é feito de acordo com as técnicas e normas vigentes.
Depois de realizar os cálculos do projeto, o profissional tem que definir os pontos de iluminação que farão parte dos cenários. Após a análise do perímetro, determina-se o número mínimo de interruptores, lâmpadas e tomadas de cada cômodo do imóvel. Os elementos são dispostos em circuitos numerados para facilitar a orientação dentro do diagrama e a instalação dos disjuntores.
O profissional utiliza um circuito dedicado para cada tomada de uso específico e outro para a iluminação. É necessário que ele aplique as determinações da Norma Brasileira Regulamentadora (NBR nº 5410:2004) em todas as áreas da casa. Por exemplo, cada cômodo precisa ter no mínimo um ponto de luz fixado no teto, sendo comandado por interruptor.
Um projeto elétrico residencial deve ser construído com base na planta baixa, que mostra todas as áreas da casa, e apresentar a definição das cargas a serem conectadas à rede de energia, assim como os diagramas e memoriais. Além disso, é necessário listar as características de potência, corrente e fase dos equipamentos domésticos.
Observe abaixo outros elementos que compõem esse documento.
Para o cálculo de demanda de energia, o projetista considera a quantidade de eletrodomésticos, chuveiros, máquinas de lavar, torneiras elétricas, aparelhos, ar-condicionado, aquecedores, secadoras e outros equipamentos que utilizam a eletricidade. Ele também observa as tomadas especiais e escolhe com cautela o seu posicionamento, assim como a posição das cargas e dos pontos de iluminação.
A planta baixa é o documento usado pelo projetista para representar graficamente a iluminação para a casa, os cabos e as tomadas. Com ele, o profissional responsável pelo projeto elétrico pode elaborar um diagrama contendo o traçado de todos os circuitos da residência. A representação de cada circuito deve considerar se eles são trifásicos, bifásicos ou monofásicos.
Para garantir a segurança dos projetos elétricos residenciais, o projetista faz um cálculo dos sistemas de proteção para os circuitos. Eles são formados por chaves ou disjuntores que compõem os quadros de distribuição.
De acordo com a norma, cada circuito terminal deve ter o dispositivo de proteção contra sobrecorrentes ou curtos-circuitos. Esses dispositivos devem seccionar todas as fases simultaneamente e, se houver algum incidente na rede, cortar toda a energia que estiver sendo transmitida.
No mercado, é possível encontrar três tipos aplicáveis para as instalações: diferencial residual (DR), dispositivos de proteção de surto ou sobretensões (DPS), disjuntor termomagnético (DTM). Eles podem ser usados em conjunto.
As concessionárias que fornecem energia elétrica para as residências exigem a instalação de um medidor conhecido popularmente como relógio de luz. Esse equipamento serve para medir a quantidade de energia consumida e permite as cobranças mensais efetuadas pelas concessionárias de energia.
O profissional responsável pelo projeto elétrico residencial também faz o dimensionamento e a definição dos materiais, cabos, dispositivos de segurança, tomadas e outros itens que viabilizem a sua execução. Ele ainda divide os circuitos e otimiza a instalação, dimensiona as proteções e determina o tipo e a localização do quadro de distribuição.
Em seguida, é hora de fazer a representação gráfica dos cabos de todos os circuitos do projeto levando em consideração as fiações e os dutos. E, enfim, focar o cálculo dos materiais elétricos que serão usados para as instalações, o comprimento dos cabos e as seções, os diâmetros e comprimentos dos eletrodutos e mangueiras e da taxa de ocupação.
Assim como a NBR nº 5410:2004, a Norma Regulamentadora (NR nº 10) trata das instalações e dos serviços em eletricidade. Ela é bastante completa e visa à garantia da segurança dos trabalhadores no exercício de suas atividades. Aborda a construção e a montagem de projetos elétricos, distribuição de energia, manutenção das instalações elétricas etc.
Esses são os principais elementos dos projetos elétricos residenciais. Considere que um projeto completo deve apresentar um memorial descritivo, cálculo luminotécnico e os demais componentes citados. Portanto, o profissional precisa estar habilitado para implementá-lo conforme as normas vigentes em nosso país e, assim, evitar riscos e prejuízos futuros.
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