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Os impactos da pandemia no universo de Supply Chain Industrial

A Supply Chain possui alto potencial estratégico e, por isso, deve ser olhada com atenção. Conheça mais sobre esse conceito e os impactos sofridos na pandemia.

31/03/2022

Os impactos da pandemia no universo de Supply Chain Industrial

Como a crise sanitária refletiu no funcionamento da cadeia de suprimentos e expôs as suas vulnerabilidades.

Cada vez mais, as empresas do segmento industrial incrementam o potencial estratégico da Supply Chain. E não é para menos. Trata-se, afinal, de uma engrenagem que move todos os processos das companhias até que os produtos ou serviços cumpram a missão de servir ao cliente.

Essa estratégia – que vai muito além da logística ou da mera rotina de compras – aumenta as possibilidades de prever gargalos, identificar necessidades e evitar imprevistos no processo produtivo. Quando a cadeia de suprimentos está estruturada, é possível, até mesmo, reduzir custos operacionais e aumentar a margem de lucro do negócio.

 

O que é, de fato, Supply Chain?

Nesse conceito, que pode ser traduzido como cadeia de suprimentos, estão englobados todos os estágios do processo produtivo industrial, da chegada de matéria-prima até a entrega ao consumidor final. É um percurso complexo, do qual fazem parte numerosos processos: a compra dos insumos, a transformação, a embalagem, o armazenamento, o marketing, a venda, o atendimento ao consumidor final, o transporte, a distribuição aos clientes, entre outros. Isso sem contar a interação entre diversos profissionais e empresas que contribuem para fazer a engrenagem girar. Produtores, fornecedores e distribuidores são elos de uma corrente que precisa estar alinhada para não impactar na entrega do produto.

Tudo isso faz da boa gestão de Supply Chain, um recurso crucial para organizar o fluxo de mercadorias em formatos mais econômicos e eficientes. Investindo na análise estratégica de cada elemento dessa extensa cadeia, a empresa tem ferramentas e indicadores que permitem monitorar o andamento da operação e identificar gargalos nos processos de compra, fabricação, armazenagem e distribuição.

E os impactos positivos para os processos decisórios também são claros. Torna-se possível, por exemplo, levantar quais produtos vendem mais ou menos e em qual período. Isso garante a manutenção de estoque adequado em quantidade e qualidade, sem excessos e sem custos extras, além de municiar as camadas de liderança rumo ao melhor planejamento estratégico.


Os principais fatores de sucesso

Para que isso seja possível, algumas boas práticas são essenciais. Confira quais são!

Análise dos fornecedores

Alguns cuidados prévios relacionados aos fornecedores podem reduzir as chances de falhas e atrasos na cadeia de suprimentos. Avaliar questões como o histórico e a competência técnica do trabalho, por exemplo, garante o abastecimento e a qualidade dos produtos e insumos fornecidos. Afinal, o atraso ou a não entrega desses itens traz impactos negativos ao processo produtivo.

Atenção às normas e regulamentos

Investir em compliance é fundamental para assegurar que a legislação, as normas éticas e as demais diretrizes cabíveis ao negócio sejam respeitadas e cumpridas. No caminho de evitar fraudes e outras ilegalidades, a empresa deve implementar estratégias que se proponham a analisar e a identificar quaisquer riscos em suas operações e relações comerciais. Isso evita a exposição a multas e encargos onerosos e previne danos à imagem institucional.

Definição dos indicadores internos e externos

A definição de KPIs adequados possibilita monitorar a engrenagem operacional, traçando o panorama de toda a cadeia – da produção até a entrega. Dentre as métricas mais comuns estão a evolução de preços – que aponta a oscilação dos valores de produtos e serviços – e o custo de suprimentos – que mostra a relação percentual entre o preço do produto e as vendas da empresa. A reunião dessas informações pode servir de base para identificar eventuais falhas e atrasos e buscar melhorias para todas as fases do processo.

Terceirização bem-feita como diferencial competitivo

Algumas dinâmicas de Supply Chain têm a prerrogativa de serem terceirizadas, permitindo delegar a empresas mais especializadas tarefas que não façam parte do core business específico daquela indústria. É o caso da gestão de contratos, dos pedidos de compra e da logística de transporte, dentre outros. Isso permite que a organização possa manter o foco em suas atividades e objetivos principais e liberar seus colaboradores para atuar no planejamento e em questões mais estratégicas.

Uso da tecnologia como fator de suporte

A adoção de instrumentos e ferramentas tecnológicas que ajudem a automatizar algumas tarefas e a oferecer mais subsídios para aprimorar a tomada de decisão é uma ferramenta de incremento da eficiência. Um sistema de gestão integrada, por exemplo, pode gerar uma base de dados atualizada para todos os setores da empresa. Com acesso prático às principais informações da operação, é mais fácil criar alinhamento interno eficaz, o que aumenta a capacidade em prever gargalos e tomar decisões assertivas.

Deu para perceber que o gerenciamento adequado da cadeia de suprimentos é, de fato, um grande fator para injetar inteligência e competitividade aos processos industriais, não é mesmo?

Trata-se de uma ferramenta que permite, acima de tudo, a linearidade produtiva, tornando os processos mais ágeis e integrados e evitando que as falhas aconteçam e se repitam. É o melhor percurso estratégico para alcançar eficiência operacional e entregar o melhor ao consumidor ou cliente.

A aplicação prática na indústria

Acima de tudo, uma boa gestão da Supply Chain cuida de acompanhar e otimizar todos os processos, operações e fluxos de informações envolvidos no processo produtivo industrial.

Nessa dinâmica, se faz necessária a participação ativa dos elementos da cadeia produtiva e de todas as atividades econômicas a ela integradas, considerando, ainda, a forma como os elos relacionam-se entre si. Do contrário, os processos da empresa podem, até mesmo, se tornar insustentáveis.

É preciso estar de olho nesses pontos cruciais de atenção:

  • Colaboradores;
  • Parceiros;
  • Documentos;
  • Equipamentos;
  • Insumos;
  • Modais de transporte;
  • Custos.

Diante da pandemia da Covid-19, esse panorama foi profundamente impactado, em todo o mundo. Com fluxos de produção reduzidos ou paralisados, as cadeias produtivas viveram momentos desafiadores. Muitos problemas e vulnerabilidades que não estavam expostos acabaram vindo à tona e ganhando outra dimensão.

Os principais impactos da pandemia no universo de Supply Chain envolveram:

  • Grande variação na movimentação de produtos e de volumes;
  • Ruptura de estoque;
  • Queda na produção;
  • Perda de produtividade;
  • Aumento do investimento de novos equipamentos de proteção individual (EPIs);
  • Mudança na rotina de trabalho, com a instalação do home office.

Tudo isso obrigou as empresas a reavaliarem processos, reinventarem fluxos e redefinirem algumas estratégias preparando o setor para o futuro e para novas disrupções. Daqui para frente, a gestão de Supply Chain deve se concentrar em cinco prioridades: ser ágil, flexível, eficiente, resiliente e digitalmente interligada com clientes, fornecedores e stakeholders.

É isso que vai tornar a cadeia de abastecimento mais autônoma e digital – e, consequentemente, tornar o trabalho mais fácil, eficiente e otimizado.

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