Como a Indústria 4.0 avança na implementação da produção e da oferta de serviços inovadores, mesmo para mercados tradicionalmente conservadores.
A quarta revolução industrial está aí! Também conhecida como Indústria 4.0 ou Revolução 4.0, este é um conceito que traz interconexão entre dispositivos inteligentes em toda a cadeia de logística e produção.
O conceito tem origem na Alemanha, mais especificamente na Feira de Hannover, principal evento mundial voltado à tecnologia industrial. Foi lá que se cunhou o termo que significaria a automação da indústria conectada ao uso de máquinas para a produção cada vez mais personalizada com base em dados — a Indústria 4.0.
São 6 princípios que direcionam a quarta revolução industrial e falaremos deles com mais detalhes adiante: customização e modularidade; tempo real e virtualização; descentralização; orientação a serviços; inovação, disrupção e interoperabilidade; e cibersegurança.
A partir deles, entenda melhor sobre como a Revolução 4.0 ajuda as empresas e o mercado a adotarem a inovação, mesmo em setores mais tradicionais.
Os clientes estão buscando cada vez mais personalidade no que consomem. Essa ideia de produção em massa, onde milhares de itens saem iguais e todo mundo usa e atua da mesma forma, caducou.
O mundo atual requer processos mais flexíveis, configurações e adaptações rápidas para atender a demandas específicas. Módulos físicos ou digitais que encaixam e desencaixam conforme a necessidade dos projetos.
Os consumidores querem e precisam de algo que reflita a sua personalidade. Aí é que entra a Indústria 4.0. Por meio dela, é possível customizar a produção desde a origem das matérias-primas até os acabamentos (no caso de produtos físicos) e oferecer ideias, ferramentas on-line e serviços personalizados (no caso de produtos digitais).
Um princípio está em relação direta ao outro. A Indústria 4.0 exige coleta e tratamento de dados instantâneos e integrados para tomada de decisões imediatas e redução de falhas. A isso se chama “tempo real” na quarta revolução industrial.
Junto ao requisito do tempo real surge a virtualização; ou seja, a migração de tudo que a empresa é no campo físico para o mundo virtual, em cópias virtuais de fábricas inteligentes. Dessa forma, tarefas de monitoramento e rastreabilidade, por exemplo, são executadas de forma remota por meio de sensores espalhados por toda a planta.
A Indústria 4.0 proporciona fácil acesso e redução de custos por conta da adesão a novas tecnologias, além do controle total da planta industrial. Isso faz com que os recursos possam ser descentralizados para dar origem a produtos e serviços customizados.
Graças aos sistemas “ciber-físicos”, é possível tomar decisões com base na necessidade e na preferência das linhas de manufatura. Tudo em um ambiente com diagnóstico acelerado, redução do tempo de equipamentos ociosos ou parados por defeito, entre outras vantagens.
A internet e os softwares estão cada vez mais voltados para serviços. O objetivo é disponibilizar soluções conectadas em toda a empresa, com o envolvimento de todos. O sistema fica programado para soluções imediatas e direcionadas em tempo real, ininterruptamente.
Inovação, disrupção e interoperabilidade são termos comuns na indústria 4.0. Cada vez mais, as fábricas contarão com infraestrutura capaz de estabelecer contato permanente com toda a cadeia, de fornecedores a clientes, graças à capacidade de comunicação entre sistemas e máquinas, operando cada tarefa de forma conjunta, integrando os fluxos internos e externos do negócio.
A inovação e o trabalho disruptivo promovem a interoperabilidade até em setores mais tradicionais, como o agronegócio.
É uma espécie de conversa fluida em rede, entre pessoas, sistemas e máquinas, que resulta em redução de erros, de custos e em políticas para atuação em torno da sustentabilidade do início ao fim.
Dentro do conceito de Indústria 4.0, a tecnologia é a estrela. Natural que a cibersegurança, ou cyber security, ganhe lugar de destaque. Mas, afinal, o que é cibersegurança?
Ao conjunto de recursos tecnológicos que tem por objetivo proteger sistemas e infraestrutura contra-ataques, danos, interrupções e roubos de dados eletrônicos se denominou cibersegurança.
A quarta revolução industrial gera crescimento exponencial de informações. Por isso, garantir a integridade, o sigilo e a disponibilidade dos dados são fundamentais.
Essa garantia não envolve apenas hardwares e softwares, mas a conscientização das pessoas envolvidas em toda a cadeia nesta implementação e operacionalização de tecnologias para que seja criada uma correta e adequada estrutura de segurança.
Tecnologia da Informação (TI), Tecnologia da Automação (TA) e Tecnologia da Operação (TO) não podem ser negligenciadas ou subestimadas. Elas são peça-chave na Indústria 4.0.
Os impactos da Indústria 4.0 não se restringem a um perfil específico de negócio. Trata-se de uma era disruptiva de inovação, vantajosa não apenas para os processos automatizados das empresas, mas também para toda a cadeia de consumo e produção, de fornecedores a clientes finais.
Os impactos são positivos para o mercado como um todo, porque também resultam em melhorias para o planeta e para a vida das pessoas por meio da integração, do acesso, da agilidade, da simplificação e da sustentabilidade.
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