A inovação é a chave para a concretização do Acordo Verde Europeu
O Acordo Verde Europeu prevê que a Europa seja o primeiro continente no mundo a ter o clima neutro, em 2050 (Fonte: Prioridades 2019 – 2024 – Um Acordo Verde Europeu – Comissão Europeia). Para conseguir isso, a geração renovável precisará substituir a eletricidade atualmente produzida com combustíveis fósseis. Isso deve ser alcançado atendendo a um rápido aumento da demanda global de eletricidade, que deverá crescer mais de 60% nos próximos 20 anos (Fonte: Demanda de eletricidade por setor e cenário 2018-2040 – IEA).
A transição energética não envolve apenas novas formas de geração de eletricidade. Trata-se também de novas maneiras de usá-la. A eletricidade substituirá amplamente a gasolina e o diesel como combustível para veículos. Também substituirá o gás natural e o óleo que queimamos para aquecer casas e operar indústrias
A eletrificação da demanda final tem enormes implicações não apenas para a geração, mas também para a transmissão e distribuição. Então, como será o futuro sistema de energia? Que desafios devem ser superados? E que papel a inovação tecnológica desempenhará na realização da transição?
“Em 2050, a maior parte do aquecimento ambiente precisará ser feita sem a ajuda do carbono.”
Vamos imaginar que estamos em 2050. As energias renováveis serão a principal fonte de geração de eletricidade, grande parte dela proveniente de parques eólicos offshore e usinas solares. No entanto, residências e empresas também terão um papel importante na geração de energia solar nos telhados. Há potencial para mais de 150 milhões dessas miniestações elétricas na Europa até 2050. À medida que a geração se torna mais descentralizada, ela precisa se tornar mais colaborativa.
Não é apenas a geração que será diferente. O padrão de consumo também mudará. Duas coisas se destacam:
– a primeira é a eletrificação do transporte – vital para que as emissões sejam reduzidas. Os veículos de amanhã serão elétricos e haverá milhões deles. Mesmo no curto prazo, espera-se que os números aumentem rapidamente com 13 milhões de veículos zero e de baixa emissão nas estradas até 2025 (Fonte: Factsheet Sustainable Mobility 2019 – Comissão Europeia).
– a segunda grande mudança provavelmente será a eletrificação do aquecimento ambiente. Isso é importante porque o aquecimento é a maior fonte de demanda doméstica de energia, principalmente na Europa. Hoje, 51% das pessoas dependem diretamente da queima de gás, óleo ou carvão para manter suas casas aquecidas. Em 2050, a maior parte do aquecimento ambiente precisará ser feita sem a ajuda de carbono. Mais de 100 milhões de lares europeus terão de fazer a mudança dos combustíveis fósseis para eletricidade como fonte de aquecimento.
Um net zero Energy Building, também chamado de edifício de energia zero (ZE) é um edifício com consumo de energia zero, ou seja, a quantidade total de energia usada pelo edifício usada durante uma ano é igual à quantidade de energia renovável criada no local. Esses edifícios geram menos gases de efeito estufa que os edifícios comuns. Os net zero energy buildings são capazes de reduzir consumo de energia com uso de luz natural e isolamento térmico.
Alcançar este desafio exigirá grandes mudanças no sistema de energia. As oportunidades são enormes, mas os riscos também. Os participantes da indústria estão voltando sua atenção para três áreas principais – segurança de abastecimento, acessibilidade e sustentabilidade.
A qualidade e a confiabilidade dos suprimentos se tornarão ainda mais importantes à medida que a eletricidade se tornar o principal transportador de energia. As redes de distribuição precisarão ser mais inteligentes e resilientes para atender a novas cargas, maior descentralização e níveis mais altos de intermitência. Redes submarinas e novos interconectores serão necessários para promover o comércio de energia e melhorar a segurança energética.
A transição energética precisa ser acessível para todos: consumidores, desenvolvedores e operadoras. Os desenvolvedores de energia renovável precisam de maneiras para reduzir o custo de implementação de uma nova infraestrutura eólica e solar em escala. Enquanto isso, as operadoras de redes e sistemas de distribuição precisam de maneiras econômicas de atualizar, reforçar e estender suas redes para que geradores e consumidores possam participar facilmente do sistema de energia descentralizado emergente.
O aumento da eletrificação caminhará de mãos dadas com o aumento da demanda por eletricidade. É provável que isso resulte em congestionamento da rede, principalmente nas cidades. O congestionamento desperdiça energia e faz com que os ativos envelheçam prematuramente. Operadores de rede e sistema de distribuição, portanto, precisam de maneiras de reduzir as perdas do sistema e proteger os ativos da rede.
Na Nexans, acreditamos que a inovação é a chave para acelerar a entrega do futuro sistema de energia. Aqui estão algumas das maneiras pelas quais ajudamos nossos clientes a garantir que a transição seja suave, rápida e econômica.
Estamos ajudando os principais desenvolvedores de energia renovável do mundo a aumentar a velocidade e reduzir o custo de implantação de nova infraestrutura. Nossos inovadores chicotes de cabos plug-and-play para turbinas eólicas offshore e usinas solares on-shore reduzem o tempo de instalação e aumentam a confiabilidade durante as operações de rotina. Nossa experiência em cabeamento submarino pronto para uso e redes de transmissão offshore permite que as operadoras se conectem aos mercados rapidamente. E 2021 verá o lançamento do Nexans Aurora, o navio de instalação de cabos mais avançado do mundo.
Estamos trabalhando para criar um sistema de energia mais resiliente em todos os níveis – desde interconectores elétricos de alta tensão que abrangem oceanos até cabeamento avançado para redes nacionais e redes de distribuição regionais. A Nexans é pioneira no desenvolvimento de tecnologia de cabos supercondutores que elimina perdas e permite que nossos clientes aumentem a capacidade de redes de cidades congestionadas. Enquanto isso, nossos limitadores de corrente de falha supercondutores fornecem aos operadores de sistema uma ferramenta exclusiva para obter mais informações de suas redes existentes.
“Nexans’ Asset Electrical é uma solução estratégica de gerenciamento de ativos que fornece aos DSOs insights sobre como suas redes de energia são usadas.”
Também temos novas ferramentas digitais para ajudar os operadores de sistemas de distribuição a obter o máximo de sua infraestrutura. O Asset Electrical da Nexans é uma solução estratégica de gerenciamento de ativos que fornece aos DSOs insights sobre como suas redes de energia são usadas – e os ajuda a tomar melhores decisões baseadas em dados sobre o investimento. O Asset Electrical permite que os DSOs atinjam o equilíbrio perfeito entre o desempenho da rede, capex, opex e risco, incluindo fatores financeiros, regulatórios, de segurança e ambientais. E a integração de dados de medidores inteligentes fornecerá ainda
mais maneiras de otimizar o desempenho da rede.
Juntas, essas tecnologias desempenharão um papel decisivo para garantir que o sistema de energia de amanhã seja seguro, acessível e sustentável.
A Nexans organizou seu primeiro Dia do Clima em 22 de setembro em Paris na Fundação GoodPlanet. Com especialistas de renome mundial, o evento colocou no
centro das discussões as questões de mudanças climáticas, transição energética e eletrificação sustentável do planeta.
À medida que as mudanças climáticas se aceleram, enquanto a transição energética está em andamento, a questão da eletrificação sustentável do mundo está nos
pressionando com urgência. Esta é a razão pela qual a Nexans organizou seu primeiro Dia do Clima para buscar respostas ao apelo do planeta por eletrificação sustentável.
Um dos objetivos da Nexans é reunir líderes de opiniões diversas para discutir as principais questões que temos pela frente na eletrificação do mundo. A empresa não tem as respostas para todas essas perguntas sozinha. É por isso que este Dia do Clima inaugural permitiu que os debates começassem a estruturar o pensamento coletivo em torno das respostas a serem fornecidas. Yann Arthus-Bertrand, ambientalista, ativista, jornalista e fotógrafo; presidente da GoodPlanet Foundation, deu uma visão muito humanística da questão ecológica antes de Mark Lewis, chefe global de pesquisa de sustentabilidade do BNP PARIBAS Asset Management, explicar porque os investidores estão se voltando cada vez mais para empresas que estão engajadas em energias renováveis.
Christopher Guérin
CEO DA NEXANS
Edouard Lecerf, diretor geral adjunto do Instituto BVA, apresentou os resultados de uma pesquisa pública geral, comparando as opiniões públicas francesa, inglesa e americana, seguida por uma mesa redonda entre Christopher Guérin, Chrystel Heydemann, vice-presidente executivo da Schneider Electric de Operações da França, Mark Lewis e Emmanuel Fagès, Sócio responsável pelas questões de eletrificação da consultoria Roland Berger. O debate foi baseado em um estudo global sem
precedentes de Roland Berger sobre os paradoxos que a eletrificação do mundo suscita.
Os cinco paradoxos são:
O destaque do evento foi o compromisso da Nexans com a neutralidade de carbono até 2030. A Nexans revelou seu roteiro detalhado para atingir esse objetivo antes de formalizar uma parceria com o capitão francês Fabrice Amedeo, que participa da maior corrida de vela solo do mundo, Vendée Globe Challenge. Fabrice Amedeo vai navegar ao redor do mundo sem escalas e sem assistência.
Vários membros do Comitê Executivo da Nexans aproveitaram esta oportunidade para apresentar as ações da empresa nas áreas de reciclagem de produtos para minimizar o impacto ambiental; o mercado de energia eólica offshore e o papel chave que a Nexans desempenha; a oferta de gerenciamento de ativos para lidar com o
envelhecimento da infraestrutura da rede para apoiar a transição de energia; a eletrificação de áreas rurais remotas ou países africanos; e a Fundação Nexans.
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