A gestão de resíduos industriais é fundamental para a sobrevivência das organizações e de todas as pessoas pelo impacto que geram ao planeta.
Diminuir a quantidade de resíduos sem prejudicar a receita da empresa é o sonho de toda organização. Em um mundo onde a preocupação com o meio ambiente é de todos, fazer a correta gestão de resíduos é fundamental.
Essa gestão não tem impactos apenas sobre as empresas e sim sobre a vida de todas as pessoas. Por isso, convidamos você a entender melhor o que de fato é esse gerenciamento, quais os seus objetivos e como implementar na sua fábrica de forma eficiente.
A indústria é a grande engrenagem da economia brasileira e por isso desempenha papel fundamental no que tange à gestão de resíduos, já que são as fábricas que mais geram lixo. Se mal gerenciados, os resíduos causam um impacto negativo importante ao meio ambiente.
Na era da tecnologia industrial, da automação e da inovação, administrar a produção de resíduos sólidos é uma prática diretamente ligada ao Environmental, Social and Governance (ESG), que busca implementar sistemas e ferramentas capazes de identificar com precisão as ações da fábrica relacionadas ao desenvolvimento sustentável. Tudo isso para garantir a saúde pública, menor impacto ambiental e crescimento colaborativo.
Estar de acordo com essas práticas, bem como com a legislação do setor, não só garante a correta gestão de resíduos como a manutenção e melhoria da imagem da empresa no mercado.
Mas você sabe quais são os resíduos gerados nos processos industriais? Eles são tudo aquilo que não faz parte do produto final, ou seja, as sobras de material de toda e qualquer produção, classificados em tipo I ou II.
O tipo I se refere a substâncias inflamáveis, corrosivas ou tóxicas e o tipo II são os resíduos solúveis em água ou biodegradáveis, e os que possuem características como combustão. Ambos não podem ser descartados no lixo comum ou na natureza pelos danos que causam ao meio ambiente, muitas vezes irreversíveis.
Devido ao grande número de situações irreparáveis à natureza, no Brasil passou-se a adotar leis mais severas que exigem que as indústrias invistam em soluções de descarte que não agridam o ecossistema.
Essas soluções são o que se chama de Gestão de Resíduos Sólidos Industriais, compostas por metodologias e ações com o objetivo de reduzir ou eliminar resíduos, além de melhorar e acompanhar o processo produtivo na direção da sustentabilidade.
Quando não há gestão de resíduos, os prejuízos não se resumem ao acúmulo de lixo; eles causam contaminação, proliferação de insetos e animais que disseminam doenças, aumento dos custos com a produção, entupimento das redes de água e esgoto, entre outros problemas.
Bons exemplos de gerenciamento de resíduos reúnem ações feitas para destinar corretamente as sobras, desde a coleta desses materiais até o destino final de cada um. Além disso, o mapeamento que as empresas fazem para controlar a produção de resíduos diariamente também integra a gestão.
Como a gestão de resíduos industriais causa muita preocupação para cidadãos, governo e órgãos responsáveis pelo meio ambiente, foi criada uma lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a Lei 12.305/2010, que tem como finalidade principal a destinação correta dos resíduos e a garantia da manutenção das melhores condições para a saúde humana e dos ecossistemas naturais.
De acordo com a Lei, a política de gerenciamento de resíduos nas indústrias deve seguir a seguinte ordem:
A NBR 10004, da ABNT, classifica e caracteriza os resíduos sólidos industriais para que sejam gerenciados de forma correta com a meta de reduzir os impactos ao meio ambiente e à saúde pública.
Outra norma importante é a ISO 14001, destinada a identificar riscos ambientais, priorizar e reduzir a produção de resíduos que podem impactar o meio ambiente. As empresas que obtêm a certificação ISO 14001 demonstram comprometimento com as leis ambientais dos seus países, indicando que estão atentas às questões relativas à preservação da natureza, assumindo responsabilidade no cuidado ao meio ambiente.
Em relação a outros resíduos, que podem ser líquidos ou gasosos, a Política Nacional de Saneamento Básico (Lei 11.445/2007) e a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998) possuem diretrizes que devem ser observadas e respeitadas.
Elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é o primeiro passo para implementar um sistema de gestão ambiental para a sua indústria. É ele quem vai, inclusive, prever a criação de espaços de armazenamento temporários para os descartes.
O PGRS é um documento técnico que indica as formas ambientalmente corretas para manejo das etapas de produção, além de identificar a tipologia e a quantidade de geração de resíduo, se é interna ou externa à fábrica.
O PGRS tratará das diretrizes da sua empresa nas seguintes etapas:
Lembrando que a quantidade de resíduos, a possibilidade de reduzi-los ou eliminá-los e os motivos pelos quais são produzidos devem ser etapas compreendidas por toda a gestão da empresa e, se possível, também pelos colaboradores.
A partir da implantação do PGRS será possível realizar a coleta de forma adequada e compatível com a classificação e quantidade de resíduos; definir procedimentos de tratamento corretos de acordo com as características e a possibilidade de transformação de resíduos em produtos úteis; e dispor os rejeitos sem danos ao meio ambiente.
É fundamental adotar boas práticas para uma gestão de resíduos industriais, selecionando alternativas sustentáveis que visem melhorias coletivas para a proteção do meio ambiente e da saúde humana.
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